Resumo dos primeiros capítulos da obra de António Mota - Filhos de Montepó
A tarde caía

quando, de repente, apareceu uma carroça pux
ada por um esquelético burro e rodeada de pessoas por todos os lados. À frente um rapaz batia, com uma var

a, no p
obre animal para que este andasse.
Mesmo assim, o burro andava muito devagar e ao pé dele caminhavam quatro cães magros, sujos, sempre a farejar as pedras do caminho.
Estacionaram a carroça no largo de Montepó, debaixo de um carvalho e perto da fonte.
Os três irmãos observavam tudo, com medo, por detrás da janela da sala.
Era uma tarde f
ria de Novembro e enquanto a mãe tinha ficado a cortar erva p
ara os animais, o miúdo mais velho tinha ido para casa fazer alguns recados: cortar len

ha, acender a fogueira, cozer os feijões, dar de comida ao porco, apanhar ovos e fechar as galinhas. Mas, como se não tivesse nada par

a fazer, lá estava ele, com os seus
treze anos, empoleirado à janela a observar os ciganos. A vinda destes tinha atrasado as suas tarefas e então, como mais velho, resolveu mandar o irmão
a buscar água. Como o Toninho, assim se chamava o irmão, não quis, ele olhou, pensou na fraqueza do seu irmão e com alguma
pena, pegou no regador e saiu de casa.
Pouco depois, o Toninho e a Rosinha correram ao seu encontro,
levando o
Far

rusco preso com um cordel. O cão mal viu a cadela dos ciganos escapou, e por mais que o chamassem, não voltou. O miúdo cigano perguntou que mal tinha o cão estar co

m a sua cadela, o que levou os três irmãos a ter algum medo. Mesmo assim, e depois de ouvir a mãe do rapaz mandá-lo calar, o Abílio, assim se chamava o irmão mais velho, encheu o regador e levou-o para casa. O Toninho tentou ajudar, mas tropeçou e molhou-se. Depois de lhe ter chamado nomes por ser tão fraco, o Abílio ficou novamente triste por ter magoado o irmão.
texto colectivo
1 Comentários:
Estou a gostar da história, fico à espera do próximo capítulo. Os desenhos estão espectaculares!
Adorei.
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